quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Olimpíadas 2016




Olá, queridos!!
Mesmo em meio a tantos problemas sociais, a cidade do Rio de Janeiro será sede das olimpíadas de 2016. O que você acha disso? Será uma oportunidade dos governos melhorarem a cidade e começarem a incentivar o esporte no país ou será que o Brasil deveria usar o dinheiro que investirá nesses jogos para melhorar a educação, combater a criminalidade e a prostituição infantil, melhorar o transporte urbano (entre outros problemas)? Dê sua opinião!


Um abraço a todos!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Gramática e Poesia II


Olá, queridos alunos!


Hoje, passeando pela internet, me lembrei de outro poema envolvendo gramática. Nesse poema de Paulo Leminski, os vocábulos que ouvimos em sala de aula também aparecem com outros possíveis significados. Leiam o poema e vejam se conseguem identificar que outros significados esses “vocábulos gramaticais” podem ter.
Espero que gostem!

Um abraço a todos!


Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida
regular como um paradigma da 1a conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético
de nos torturar com um aposto. Casou com uma regência.
Foi feliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas
expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

Paulo Leminski

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Música, Gramática e Poesia



Olá, queridos!
Vocês conhecem o grupo musical “Teatro Mágico”? Esse é um grupo de artistas que apresentam um espetáculo que junta, numa apresentação só, malabaristas, atores, cantores, poetas, palhaços, bailarinas e tudo mais que a imaginação desses artistas pode criar. E eles são realmente criativos. Leia abaixo uma “música-poema” do grupo e percebam que o compositor usa os termos gramaticais que aprendemos na sala de aula, mas com outros sentidos. Na música, esses termos passaram a ter outros significados, mas sem se distanciarem totalmente dos seus significados originais! Espero que gostem!


Um abraço a todos!

 
Sintaxe À Vontade

(O Teatro Mágico - Composição: Fernando Anitelli)

Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
a partir de sempre
toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto e indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples
um sujeito e sua oração
sua pressa e sua verdade,sua fé
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição
é negar a si mesmo
e negar a si mesmo
pode ser também encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...
tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

2ª reunião do "Teatro na escola: Morte e Vida Severina"





Olá, pessoal do 7ano COC!


Estamos a todo vapor no Projeto Teatro Morte e Vida Severina!

Hoje foi nossa segunda reunião e foi muito legal! Finalizamos a leitura do poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto e fizemos a distribuição dos personagens! Estou muito feliz com a participação de vocês, acho que tanto na semana passada como hoje a leitura foi muito produtiva! Eu e o tio Willian estamos muito animados e ansiosos para a montagem da peça! E vocês quais as expectativas? O que estão achando das reuniões? E do poema, quais as primeiras impressões? Alguma dúvida sobre a obra que vocês gostariam de colocar aqui? Comentem!!!

Um abraço a todos!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"As Batalhas do Castelo"


Olá, pessoal do 7º ano do COC!


Aí vai um resumo do livro As batalhas do castelo, de Domingos Pellegrini, que vocês devem ler comigo:

Após a morte do rei, o bobo da corte herda o título de duque e um castelo. A partir daí, ele passa a se chamar Bobuque e vai conduzir, ao ducado, os súditos que os dois príncipes, filhos do rei, lhe designam por deboche: os velhos, doentes e aleijados do reino, além de algumas crianças miseráveis e famintas e de ex-prisioneiros sem esperanças. A estranha comitiva parte rumo ao Castelo do Canto, uma construção abandonada num penhasco semi-árido. Se tudo parece caminhar para o fracasso, é exatamente o contrário que ocorre: liderados pela sábia filosofia de vida de Bobuque, o grupo vai se conhecendo, exercendo suas capacidades e fazendo o melhor de si para formar um povo unido e vitorioso.

E aí, gente? O que estão achando do livro? Vamos compartilhar aqui as leituras e interpretações que estamos fazendo da obra!

Um abraço a todos!

Ler é uma aventura!!


Olá, queridos! Vamos falar de leitura? Siiiiiim! =)


Quando lemos um livro, poema ou conto, devemos prestar atenção no enredo da história, nos personagens, no tempo que a história dura e se passa, no narrador. Mas, ao ler um livro, um conto ou um poema, devemos prestar atenção também no que o autor pode estar querendo nos dizer. Para isso, é preciso estar atento e, sobretudo, desconfiado das palavras!

Em outra postagem foi dito que a literatura é a expressão dos sentimentos através da escrita, a arte de escrever textos guiados pela emoção e sentimentos, permitindo que as palavras passem a ter muitos significados. Lembram-se? Pois então, por causa desses muitos significados das palavras, um texto, poema ou conto tem muitas possibilidades de ser entendido e interpretado. Mas ATENÇÃO: não é porque as palavras possuem múltiplos significados que vamos “inventar” interpretações. È necessário analisar quais significados podemos ou não podemos colocar nas palavras dentro de determinada história.

6º e 7º anos do Colégio Nossa Senhora do Carmo, vamos pensar nos títulos dos livros que vocês começaram a ler? No título “A cama que sonhava” (6º ano), quais significados podemos dar à palavra ‘cama’? E ao verbo ‘sonhava’? No título “As batalhas do castelo” (7º ano), quais outros significados pode ter ‘castelo’? E ‘batalhas?’ Aliás, trata-se de batalhas apenas de um castelo fictício da idade média? Essas e outras respostas conseguiremos ao longo da leitura dos livros.

Para que possamos entender um livro, conto ou poema de diferentes maneiras, temos sempre que ler mais e mais, pois um texto sempre se relaciona com outros que já foram escritos antes. Além do mais, vamos descobrindo as novas significações de uma palavra, à medida que a vemos empregada de uma forma num texto, de outra forma em outro.

Assim, ler é descobrir a todo tempo novos caminhos. E essa aventura fica ainda mais rica e divertida quando podemos compartilhar nossas experiências de leitura com outras pessoas! Vamos fazer isso aqui no blog?

Um abraço a todos!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Literatura Regional Nordestina



Antes de começarmos a falar de literatura regional nordestina, vamos esclarecer um conceito importante: o que é literatura?
Literatura pode ser definida como a arte de criar e recriar textos, de estudar escritos artísticos e o conjunto de textos literários de um país ou de uma época. Entretanto, não podemos deixar de considerar que além disso tudo, literatura é a expressão dos sentimentos através da escrita, a arte de escrever textos guiados pela emoção e sentimentos, permitindo que as palavras passem a ter muitos significados.

Assim esclarecido, vamos lá:

Não podemos negar o valor dos clássicos ("os livros famosos") da literatura nacional e internacional na nossa cultura. Entretanto, também não devemos esquecer que no Brasil a cultura regional é de grande importância para a formação de nossa identidade. Dessa cultura regional, destacamos a nordestina que, através de regionalismos, ilustra os costumes, ideais e pensamentos do povo do nordeste.
Regionalismo é o conjunto das particularidades linguísticas de uma região geográfica, ocorridas devido à cultura que lá existe. A literatura nordestina utiliza então esses regionalismos (como por exemplo o modo de falar, as palavras próprias de seu vocabulário) para expressar não só os seus sentimentos e emoções, mas também denúnciar os problemas sociais do nordeste e de seu povo (como a seca, a falta de condições de vida em regiões áridas, a necessidade de deixar sua terra em busca de uma vida melhor, etc).

Uma forma literária muito comum no nordeste é a Literatura de Cordel, um tipo de poesia popular, originalmente oral e depois impressa em folhetos e expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, nos mercados de cidades como Recife e Salvador. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa, acompanhados de viola e também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores. Grandes autores de cordéis são: Patativa do Assaré, João Firmino Cabral, Lourival Batista, Pedro Queiroz, entre outros.

Outros autores nordestinos também se destacaram fazendo sua literatura, ainda que essa não fosse em forma de cordel. É o caso de Graciliano Ramos, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto, entre outros, que escreveram suas obras em forma de contos e poemas, ilustrando o jeito de viver, sentimentos e emoções do povo sertanejo e as dificuldades da vida no sertão nordestino.

Conheça um pouco do estilo desses autores citados:
Graciliano Ramos: Nascido no estado de Alagoas. Utiliza uma linguagem "seca" como o sertão: em suas narrações não há palavras a mais, não há adjetivos a não ser quando muito necessários. Obras importantes: Vidas Secas, São Bernardo, Angústia, A Terra dos Meninos Pelados, etc.

Ariano Suassuna: Natural do estado da Paraíba. Escreveu peças de teatro que descreveram a cultura nordestina de forma bem humorada, mística e cheia de símbolos. Obras importantes: O Auto da Compadecida e A pedra do Reino (transformadas em minisséries e filmes pela Rede Globo), etc.

João Cabral de Melo Neto: Nasceu no estado de Pernambuco. A "marca registrada" de sua literatura foi a morte e a paisagem seca e sofrida de sua terra natal. Obras importantes: Morte e Vida Severina, O rio, Uma Faca Só Lâmina, etc

A literatura regional nordestina é muito significativa e importante na formação da cultura brasileira. Escolas, professores e alunos não devem ignorar essa literatura regional nordestina, pois ela retrata problemas sociais e aspectos geográficos do nosso país. Mais do que isso, ela expressa os sentimentos, ideais e crenças de um pedaço marginalizado do Brasil, servindo como um instrumento de conhecimento do próprio povo brasileiro. Ainda que fale de pessoas e locais específicos do nordeste, essa literatura trata de sentimentos como medo, angústia, esperança, felicidade e morte,  tornando-se assim universal, ou seja, comum ao mundo interio.

Escrito por: Lídia S. Sousa

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E aí, amigos e alunos, o que acharam da literatura regional nordestina? Espero que tenham gostado!
Alguma dúvida? Alguma sugestão? Vamos dicutir, comentem!!!!
Um abraço a todos!
Lídia